Maternidade x autismo quem cuida de quem cuida?
Especialista aborda sobre a importância das mães exercerem o autocuidado
Ser mãe é satisfatório, mas também um trabalho árduo, principalmente, quando se trata de uma criança autista, os cuidados e a atenção precisam ser redobrados. Porém, é importante que a mulher não esqueça de si mesma. “Cuidar de você é crucial para que consiga, até mesmo, cuidar dos outros”, completa a Psicopedagoga Érika Moura.
É comum que ao estar sobrecarregada, a mãe se cobre e tenha a sensação de que não está cumprindo o seu dever. “Estabeleça limites, você não precisa dar conta de tudo sozinha, aprenda a dizer não, quando necessário, defina prioridades”, frisa.
Crie uma rotina e se necessário, modifique-a quantas vezes forem necessárias. “Isso trará mais organização e segurança para o dia a dia. Essa rotina pode ser adaptada. Quando for preciso, inclua, exercícios físicos, momentos de lazer, dedique-se aos hobbies e mantenha o sono em dia”, aconselha a especialista.
Outro fator indispensável para as mães é o acompanhamento psicológico. “Ter alguém com quem conversar e desabafar pode aliviar o estresse. Além disso, procure grupos de apoio, ouvir outras experiências, pode te ajudar e fazer com que se sinta acolhida”, completa.
Iniciativa
No dia 15 de junho, a Psicopedagoga Érika Moura organizou um encontro, em Betim, para mães atípicas e não atípicas. Intitulado “Quem cuida de quem cuida”, o evento contou com as participações das palestrantes Ruth Viana, Maria Luiza, Nathália Ferreira Martins e também com a presença da Fernanda Castro. “É fundamental reconhecer e valorizar o papel das mães para o desenvolvimento de crianças autistas. É importante lembrar que o papel da família é fundamental no desenvolvimento da criança neurodivergente e, por isso, é essencial que essa mãe também receba o acolhimento da sociedade. Nosso encontro foi repleto de acolhimento, troca de experiências e aprendizado”, lembra Érika.
O encontro aconteceu durante uma manhã recheada de carinho, afeto, coffe break, momento musical e acolhimento na modalidade presencial, com o objetivo de estimular as famílias a encontrar novas formas de lidar com os desafios e sentimentos relacionados à maternidade atípica. “Abordamos os temas como acolhimento do diagnóstico, rede de apoio, autocuidado da família, educação inclusiva e social”, finaliza.
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Aline Beatriz Batista Lourenço
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