O Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia (LAPAC) lançou o serviço de autocoleta vaginal com genotipagem estendida para detecção do Papilomavírus Humano (HPV) no Estado do Rio de Janeiro. A autocoleta vaginal é uma solução inovadora para detecção da infecção persistente pelo HPV, o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. O dispositivo torna a coleta mais prática e segura, além de poder ser realizada em casa pelas mulheres e homens transgêneros, não sendo necessário profissional de saúde para realizá-la.
Após a coleta, o material é encaminhado para o laboratório, que dispõe da tecnologia para análise da amostra, emitindo o laudo do exame em até dez dias. O sistema de autocoleta vaginal fornecido pela BD, uma das maiores empresas de tecnologia médica do mundo, é validado e aprovado pela Anvisa para o diagnóstico do HPV, sendo menos invasivo e com precisão comparável à coleta realizada no consultório.
“Esta nova metodologia é mais uma uma opção para diagnosticar esse tipo de tumor em estágio inicial, e aumentar as chances de cura, por intermédio de exames periódicos de alta performance, como o teste para detecção do HPV. A nossa expectativa é aumentar o acesso ao dispositivo de autocoleta vaginal para que cada vez mais mulheres possam fazer o exame preventivo com mais conforto e privacidade, e consequentemente aumentaremos a detecção do HPV”, comenta Vera Lobo, anatomopatologista e diretora médica do laboratório LAPAC.
A autocoleta também pode democratizar o acesso de mulheres que enfrentam desafios para realizarem os exames ginecológicos anuais, como a distância aos centros de especialidade.
Pacientes podem entregar as amostras no laboratório em até 30 dias, o tempo máximo de estabilidade do material.
Genotipagem e rastreamento do HPV
A detecção de lesões causadas pelo HPV em seu estágio inicial é fundamental e para isso é necessário manter os exames de rotina em dia, por meio do rastreamento do vírus para identificar precocemente lesões precursoras do câncer do colo do útero. Quando há alguma suspeita, o especialista precisa solicitar a genotipagem do vírus para confirmar se o genótipo identificado tem maior chances para evoluir para um tumor.
Existem mais de 200 tipos do vírus HPV, sendo que ao menos 14 são considerados oncogênicos, apresentando maior probabilidade para o desenvolvimento de infecções persistentes, além de estarem associados ao desenvolvimento de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Os tipos de HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Contudo, nota-se um aumento do risco para o desenvolvimento de doença após a infecção pelo HPV 31.
Segundo projeção do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no triênio 2023-2025, 17 mil pacientes serão diagnosticadas com a doença a cada ano. No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro com maior incidência. Já nas regiões Norte e Nordeste, são o segundo tipo de tumor mais comum entre as mulheres.
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Maria Ariane Santos
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