Ao longo da semana, os volumes mais significativos continuarão concentrados na região Sul, em partes da região Sudeste e também na secção oeste da região Setentrião, que envolve o oeste do Amazonas e também Roraima. É o que alerta a meteorologista do Instituto Pátrio de Meteorologia (Inmet) Andrea Ramos.
Alertas
O Inmet divulgou um alerta para o Sul sobre chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos entre 60 e 100 km/h e queda de saraiva. Há também risco de golpe de pujança elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.
As áreas da região Sul com alerta para as chuvas são oeste, sul e setentrião catarinense, Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Serrana, sudoeste, noroeste, núcleo ocidental, sudeste, nordeste e núcleo oriental rio-grandense, Metropolitana de Porto Contente, sudeste e centro-sul paranaense.
As áreas da região Núcleo-Oeste com alerta para as chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 a 60 km/h são núcleo, setentrião, noroeste, sul e leste goiano, setentrião, centro-sul, nordeste e sudoeste mato-grossense, leste e núcleo setentrião de Mato Grosso do Sul.
As áreas da região Setentrião com alerta para as chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 a 60 km/h são sudeste e sudoeste paraense, sudoeste, sul, núcleo, oeste e setentrião amazonense, Madeira-Guaporé, leste Rondoniense, oriental e ocidental do Tocantins.
As áreas da região Nordeste com alerta para as chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 a 60 km/h são sul e oeste maranhense.
No Nordeste também há alerta para Ventos Costeiros que movimentam dunas de areia sobre construções na orla nas regiões do leste maranhense, noroeste e setentrião cearense, Jaguaribe, Metropolitana de Fortaleza, mata paraibana, mata pernambucana, oeste, leste, áspero e mediano potiguar e setentrião piauiense.
As áreas da região Sudeste com alerta para as chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 a 60 km/h são Triângulo Mineiro/Cimeira Paranaíba, Sul/Sudoeste de Minas, Oeste de Minas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Araçatuba.
Segunda-feira
Na segunda-feira (16), a Baixa do Chaco, uma baixa pressão situada no Paraguai, estenderá um côncavo, que é uma risca de instabilidade, provocando chuvas, mormente no sudeste do Rio Grande do Sul, com volumes expressivos no final do dia. A instabilidade também poderá gerar precipitações no oeste de Santa Catarina e sul do Paraná.
“Já na região Sudeste, em função de sistema que está em alto mar, ainda traz instabilidades, principalmente entre o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e também pegando a parte leste de São Paulo. Na região Norte prevalece chuvas, calor e umidade ainda favorecendo, e com isto tem chuvas com volumes significativos, principalmente no oeste e sul do Amazonas, pegando também o norte de Rondônia”, explica a meteorologista.
Na Região Nordeste, mormente no leste do Piauí, sul do Ceará, oeste de Pernambuco e setentrião da Bahia, prevalece calor com temperaturas que podem atingir 40°, além de baixa umidade, que em alguns momentos pode chegar a 15%. No Núcleo-Oeste, há chuvas mais fortes no noroeste de Mato Grosso e no sul de Mato Grosso do Sul.
Terça-feira
Já na madrugada de terça-feira (17), a meteorologista labareda a atenção para a formação de furacão em cimalha mar, próximo ao litoral sul do Rio Grande do Sul. “Esse centro de baixa pressão organiza uma frente fria e essa frente fria é que vai proporcionar às chuvas com volumes significativos atuando ao longo da região e com possibilidade de queda de granizo na parte norte do Rio Grande do Sul, tendo chuvas com volumes também em Santa Catarina e no sul do Paraná”, expõe.
No Rio de Janeiro e Minas Gerais, a nebulosidade varia com pouca possibilidade de chuva, enquanto no leste do Espírito Santo, há chance de chuvas mais fortes. Na região Medial e Nordeste, a predominância é de nebulosidade variável, poucas chuvas, altas temperaturas e baixa umidade, particularmente na zona semiárida que compreende partes do Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia. No Setentrião, chuvas mais volumosas estão previstas para o noroeste do Amazonas.
Quarta-feira
Ao longo da quarta-feira (18), haverá um deslocamento da frente fria que vai influenciar a requisito do tempo também na região Sudeste. Em relação à região Sul, a permanência de núcleo de baixa pressão próximo ao Paraguai, ainda proporcionará um côncavo e vai influenciar as chuvas com volumes significativos, principalmente no oeste do Paraná.
Andrea Ramos afirma que o deslocamento da frente fria vai atingir São Paulo, principalmente a secção leste do estado, sudeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e também o setentrião do Espírito Santo.
“Em alguns momentos vão ser chuvas com volumes significativos, mas não se descartam chuvas também em boa parte do sul de Minas Gerais e também pegando São Paulo”, avalia.
No sul de Mato Grosso do Sul, chuvas ainda são esperadas devido ao deslocamento do sistema e à atuação de um núcleo de baixa pressão, que também pode gerar chuvas no núcleo do estado. Quanto à região Setentrião, as precipitações mais significativas permanecem principalmente no setentrião, sudeste e sudoeste do Amazonas, com possíveis chuvas também no oeste do Pará, Roraima e setentrião de Rondônia.
Ainda na quarta-feira, o leste do Pará e Tocantins devem apresentar variação na nebulosidade, mas sem chuvas. Esse padrão também se aplica à região Nordeste. A atuação do anticiclone VCAN, Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, persistirá ao longo da semana no Nordeste, inibindo a formação de nuvens de chuva em áreas do interno e promovendo altas temperaturas e baixa umidade, mormente no leste do Piauí e oeste de Pernambuco. “Embora chuvas isoladas possam ocorrer no litoral norte e sul da Bahia de quarta a sexta-feira, os volumes não deverão ser significativos”, explica Andrea.
Quinta-feira
Durante a quinta-feira (19) persiste o padrão de chuvas que atinge boa secção de São Paulo, sul e núcleo de Minas Gerais. Possibilidade de chuva também no sul e núcleo do Rio de Janeiro, porém os volumes mais significativos acontecem no Espírito Santo, principalmente na secção sul do estado.
Na região Sul, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm poucas possibilidade de chuva, enquanto o oeste do Paraná, influenciado por uma baixa pressão, deve receber chuvas mais expressivas. Ainda que o foco esteja no oeste paranaense, não se descarta a possibilidade de chuvas na secção leste do estado.
A meteorologista avalia que a secção sul de São Paulo, poderá ter chuvas com volumes significativos e no extremo sul de Mato Grosso do Sul também pode ter chuvas com grandes volumes.
“Quinta também se estabelecem chuvas ali no oeste do Amazonas pegando a parte central. Também tem no norte de Roraima e em boa parte da região de Roraima, Amazonas, oeste do Pará, norte de Rondônia e Acre, segue com uma tendência de chuvas que podem acontecer no decorrer do período, mas com volumes não muito significativos”, explica
No Núcleo-Oeste e Nordeste do país, a instabilidade persiste junto com o calor e a baixa umidade, podendo proporcionar chuva isolada, principalmente no noroeste de Mato Grosso.
Sexta-feira
Na sexta-feira (20) há tendência de chuvas com uma maior frequência na região Núcleo-Oeste, principalmente no sul e núcleo de Goiás, no nordeste e sul de Mato Grosso do Sul e também na secção noroeste de Mato Grosso. Para o Setentrião, a sexta segue com volumes mais significativos ocorrendo principalmente em Roraima, setentrião e oeste do Amazonas, Acre e setentrião de Rondônia.
“Na região Nordeste ainda prevalece aquele padrão seco e quente, principalmente no interior da região e há possibilidade de umas chuvas ao longo da faixa litorânea, principalmente que envolve do centro ao sul da Bahia”, avalia a meteorologista.
Na região Sudeste, o tempo permanecerá acessível e uma subida pós-frontal provocará uma subtracção nas temperaturas, mormente nas áreas mais amenas ao leste da região, que incluem São Paulo, sudeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Algumas chuvas isoladas podem ocorrer, predominantemente na secção oeste do estado, mormente no sudoeste, afetando a região do Triângulo Mineiro.
No Sudeste, o tempo fica acessível, há uma subtracção das temperaturas em função da subida pós frontal, envolvendo secção leste da região, que envolve São Paulo, sudeste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Chuvas de forma mais isolada, mas ainda assim podendo ocorrer principalmente na secção oeste e sudoeste de Minas.
Veja Mais:
Primavera no Brasil é marcada por transição climática significativa
Especialistas defendem medidas para aliviar resultados da seca na Amazônia