A diferença entre o varejo ampliado e o restrito é que na primeira classificação estão considerados os segmentos “veículos e componentes” e “material de construção”. Para o varejo ampliado estima-se, para o período dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, um crescimento pouco expressivo em torno de 1%. Porém, para o varejo restrito, onde se exclui os dois segmentos citados, projeta-se um recuo da ordem de 0,3%.
Os segmentos para os quais projeta-se expansão são pela ordem: “produtos farmacêuticos” (1,1%) e “veículos” (0,9%). No caso dos segmentos “Alimentos” e “Supermercados” projeta-se estagnação das vendas. Os demais a previsão é de queda nos volumes comercializados: “tecidos (0,3%), “móveis e eletrodomésticos” (2,3%) e material de construção (7,2%9. A queda expressiva no setor de construção (7,2%) é particularmente significativa, sinalizando um arrefecimento no setor imobiliário e reformas residenciais, provavelmente impactado pelos juros ainda elevados.
Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School acredita que o cenário mostra uma clara distinção no consumo, onde itens essenciais (farmacêuticos) e bens duráveis de maior valor (veículos) apresentam crescimento modesto, enquanto setores ligados à casa e vestuário enfrentam retração. “Isso reflete um consumidor cauteloso, priorizando gastos essenciais e saúde, possivelmente aproveitando condições especiais de financiamento para veículos, enquanto posterga renovações domésticas e de vestuário”, complementa Felisoni.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
TARSIANE DE SOUSA SANTOS
tarsiane.santos@agenciafr.com.br