Tudo começa pela infância, e não podemos deixar de fora as crianças e adolescentes neste mês tão importante, uma vez que os problemas mentais entre as crianças jovens só aumenta. Uma infância saudável é a base de uma vida melhor em todos os aspectos, inclusive a saúde mental.
Para ajudar os pais a conversar com os filhos sobre o tema, selecionamos alguma leituras que fazem a diferença.
A bailarina e a flor, da neuropedagoga Fernanda King, editora Appris, selo Artêrinha
Esta obra fala sobre a ansiedade infantil e o acolhimento da família. Além de temas como resiliência, superação e autoestima. De forma lúdica e sutil, Fernanda conta sobre como a sua filha superou uma crise de ansiedade em sua primeira apresentação de balé na escola. Tema perfeito para uma leitura compartilhada entre pais e filhos, especialmente nos dias de hoje, onde a ansiedade tem crescido de maneira alarmante entre crianças, adolescentes e jovens adultos.
O menino do cabelo comprido, de Fabrine Jeremias, editora Much
Este livro conta uma história de aceitação e da importância do suporte da família. Amor próprio e respeito à diversidade norteiam a trama. Ideal para ser lido em casa ou na escola, inclusive para trabalhar questões anti-bullying com as crianças.
Eu fico irada! de Sandra V. Feder, editora Pallas Mini
O deixa você com raiva? O texto de Sandra e as ilustrações calorosas e expressivas do livro nos oferecem uma visão diferente da raiva e suas várias emoções latentes. A obra é um ponto de partida artístico para conversar sobre sentimentos fortes. Uma criança nos conta o que deixa ela irada, e quando está com raiva, ela tenta lembrar de usar as palavras mágicas, mesmo que nem sempre funcione. Mas, às vezes, as palavras ajudam, e quando a raiva desaparece, um novo sentimento pode surgir.
Não consigo fazer cócegas, de Heinz Janisch, Maralto Edições
Um livro emocionante que até pode ser lido sozinho, mas que pede a companhia de pessoas queridas. As crianças brincam e se divertem de muitas maneiras, mas algumas são mais envolventes, pois implicam o encontro com os amigos – e as alegrias parecem mais intensas quando são partilhadas. Uma história sobre a importância dos relacionamentos, muito interessante para ser contada em rodas de leitura coletivas na escola ou em momentos familiares.
Chorar faz bem e falar também, da psicóloga Letícia Gonçalves, editora Conto com você
Livro ideal para crianças que choram facilmente, às vezes até sem motivo aparente, e sentem dificuldade em expressar seus sentimentos pela conversa. Chorar faz bem, falar também é um livro que estimula que adultos e crianças conversem sobre a importância do choro, mas também das palavras. Sobre comunicação, acolhimento, sentimentos e emoções. Uma leitura que ajudará sua criança a entender que antes chorava como forma de comunicação mas agora, além do choro, ela pode também se expressar com palavras.
Eu fico em silêncio, de David Ouimet, Companhia das Letrinhas
Nas palavras de Sônia Braga, “este não é um livro infantil, mas antes uma experiência para todas as idades. Uma viagem visual, rica e emocionante em busca de uma resposta.” Uma garota tímida e introvertida se sente deslocada no mundo tão barulhento em que vivemos. Mas o poder da imaginação e o conforto dos livros podem trazer a esperança de que sua voz finalmente seja ouvida. Nesta história emocionante para pequenos e grandes leitores, somos convidados a refletir sobre nosso lugar no mundo e o poder transformador que uma boa história pode ter na vida de alguém. Uma mensagem de conforto para quem se sente sozinho.
E como dica final de leitura para as famílias e educadores, um dos livros mais explosivos do ano: A geração ansiosa, de Jonathan Haidt, um psicólogo que investigou o colapso da saúde mental entre os jovens — e oferece um plano urgente para uma infância mais saudável e livre de telas. Segundo o autor, “estamos super protegendo as crianças no mundo real, e deixando-as desprotegidas no mundo virtual”. Esta é apenas uma das muitas frases impactantes desta leitura obrigatória para quem quer criar filhos um pouco mais longe das redes sociais e mais perto da vida.
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BARTIRA BETINI NUNES
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