Um recente sinistro no Paraná, onde uma carreta tombou sobre uma van, resultando na morte de nove pessoas, incluindo jovens que perderam suas vidas precocemente, é um trágico lembrete das condições perigosas que muitos motoristas enfrentam diariamente nas rodovias brasileiras. O fato de que esse trecho específico já havia registrado outros seis sinistros nos últimos meses levanta questões urgentes sobre a segurança viária e a eficácia das medidas preventivas adotadas. Segundo os noticiários, os falecidos nesse trágico episódio faziam parte do “Remar para o futuro”, um projeto criado há mais de oito anos na cidade de Pelotas (RS), uma iniciativa interinstitucional que evolve a prefeitura da cidade, uma academia de remo e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
E, ao analisar os dados mais recentes sobre ocorrências de trânsito no Paraná, relativos aos anos de 2022 e 2023, percebemos que, embora o total de sinistros ter sofrido uma leve redução, passando de 42.852 para 42.612, o número de feridos aumentou, de 36.911 para 37.728, um crescimento de 2,21%. Além disso, o número de mortos no local se manteve alarmante, com 1.532 vítimas fatais em 2023, uma redução mínima em relação aos 1.547 óbitos de 2022.
Esses dados reforçam a gravidade da situação nas estradas, principalmente nas rodovias estaduais, onde o número de mortes aumentou em 2,16%, contrastando com a redução de 15,52% na capital. A frequência de acidentes graves e a perda de jovens nesses episódios trágicos são indicadores de que as medidas adotadas até agora não têm sido suficientes para garantir a segurança necessária.
É fundamental que as autoridades de trânsito atuem de maneira mais eficaz com melhorias na infraestrutura das estradas, especialmente em trechos críticos, juntamente com uma fiscalização mais rigorosa e campanhas contínuas de educação para o trânsito, que são essenciais para reduzir os sinistros e, principalmente, as mortes. O comportamento dos condutores também precisa ser transformado, já que muitos acidentes decorrem de imprudência e desrespeito às regras.
A perda de vidas, especialmente de jovens, é uma dor irreparável, e a repetição de tragédias dessa magnitude, aponta para uma falha coletiva que precisa ser enfrentada com urgência. As autoridades, em conjunto com a sociedade, devem agir para transformar o trânsito em um ambiente mais seguro, protegendo vidas e prevenindo novas tragédias.
*Gerson Luiz Buczenko e Valdilson Lopes
Professores do Curso Superior de Tecnologia em Gestão do Trânsito e Mobilidade Urbana – UNINTER.
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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