Embora hoje em dia seja possível contar com várias opções de tratamento ortodôntico, alguns profissionais ainda preferem a ortodontia tradicional para alcançar seus resultados. Dra. Sheila Furtado, especialista em ortodontia, conta que utiliza, em seu consultório, várias técnicas, mas que sua preferência ainda é a ortodontia convencional, com braquetes metálicos ou estéticos.
De acordo com a profissional, com estes é possível dominar melhor e fazer a movimentação de acordo com seu planejamento, enquanto com os alinhadores invisíveis existe uma necessidade da cooperação total do paciente, tendo em vista que eles exigem 22 horas de uso diário, o que nem sempre acontece, atrapalhando o resultado esperado.
Segundo a especialista, os aparelhos tradicionais evoluíram muito e hoje contamos com acessórios mais modernos. “Por exemplo, já não utilizamos mais aquele arco extra oral, conhecido popularmente como ‘freio de burro’. Isso evolui absurdamente e já é possível fazer tudo isso dentro da boca. Além disso, antigamente, se utilizava uma técnica em que todos os braquetes eram programados pelo ortodontista, enquanto hoje estes já vêm programados, então quando vamos fazendo a troca dos fios ali mesmo, com as modificações, obviamente com planejamento prévio”, explica ela.
Sobre a idade ideal para começar um tratamento ortodôntico, a especialista detalha que varia. Sendo um problema exclusivamente dentário, o ideal é começar quase que só depois de trocar todos os dentes. “Mas, hoje, há a possibilidade de acertar só aqueles dentinhos na frente tortos pra minimizar o problema”, relata.
Inclusive, segundo a profissional, existem alguns problemas que precisam ser corrigidos ainda na infância, como os da base óssea, que é mordida cruzada. “Eu, por exemplo, já fiz disjunção palatina em paciente com dentes de dentição mista, que também pode ser necessária em casos de arcada atrésica, porque tinha mordida cruzada e não tinha espaço para nascer todos os dentes. Esse paciente nunca mais usou aparelho, está até hoje com os dentes lindos”, conta. Ainda assim, Dra. Sheila atenta que o mais normal é fazer a disjunção e depois entrar com a ortodontia fixa. Uma coisa importante citada pela dentista é a maturidade da criança, a vontade do paciente. Para ela, não adianta empurrar o tratamento ortodôntico, porque ele exige assiduidade e continuidade e só assim os resultados serão satisfatórios de verdade.
Falando dos aparelhos móveis, Dra. Sheila explica que ele é um aparelho ortopédico, que mexe somente com as bases ósseas. Com isso, é possível um pouco de expansão do tamanho do arco e um avanço na mordida, podendo até conseguir o descruzamento da mesma, tudo dependendo da cooperação do paciente. Geralmente o tratamento com estes dura de 6 meses a um ano. Já com os aparelhos fixos o tempo pode variar de 12 a 30 meses.
Para finalizar, a profissional explica que a dor do tratamento é subjetiva. “Cada um tem um limiar de dor. Com essa questão da troca gradual o fio, que não tem mais aquelas dobras, ainda há um pouco de dor dependendo do movimento. Outra coisa nova, com a qual contamos hoje são os mini implantes, com os quais podemos corrigir muitas coisas. Usamos, por exemplo, para intrusão, ancoragem, entre outras, conseguindo movimentar só o dente”, conclui.
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AMANDA MARIA SILVEIRA
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