O mercado de produtos de saúde sexual e bem-estar feminino vive uma verdadeira revolução. Das embalagens aos produtos em si, a qualidade e a oferta aumentaram de forma exponencial nos últimos quatro anos. A abordagem mais clara e aberta com relação à sexualidade – principalmente entre mulheres – é um dos principais fatores para esta mudança que se reflete no lançamento de novas marcas, produtos e serviços. O movimento ganhou força durante a pandemia e, para especialistas e empresários, passa a ser uma forte tendência no setor.
Um levantamento da Cortex Intelligence mostra que o número de empresas de bem-estar sexual abertas no Brasil bateu um recorde em 2022, com 1.068 novos empreendimentos – uma alta de 34,7% em comparação ao ano anterior. No exterior não é diferente. Dados recentes publicados pela Allied Market Research apontam que o segmento já movimenta mais de US$ 70 bilhões por ano ao redor do globo – e a expectativa é que alcance os US$ 108 bilhões até 2027.
Toda Joana
Neste cenário, surgiu a marca brasileira Toda Joana, uma linha de produtos de cuidado íntimo composta por três lubrificantes e uma espuma de limpeza veganos, livres de parabenos, derivados de petróleo ou produtos potencialmente irritantes para a mucosa. Outra característica, já aprovada por dermatologistas e ginecologistas, é que os produtos trazem ativos que hidratam as mucosas íntimas. A marca foi lançada em 2022 e, desde então, com vendas no e-commerce, marketplaces, farmácias, supermercados, lojas de cosméticos e sex shops e já conquistou consumidores em todos os estados brasileiros.
A médica ginecologista Camila Prestes explica que além de seguro, o uso de lubrificantes como os produzidos pela Toda Joana, é benéfico e pode colaborar para a saúde da mulher que em algumas fases da vida podem apresentar uma redução na lubrificação vaginal. “Isso pode acontecer com o uso de anticoncepcionais hormonais, nos períodos pós-parto, durante a amamentação, na menopausa e por fatores psicológicos”, explica.
Qualidade de vida
Segundo ela, estes fatores podem colaboram para uma lubrificação insuficiente, gerando desconforto para as mulheres e uma consequente perda no interesse ou até mesmo medo de ter relações sexuais. “A ausência de lubrificação pode gerar dor, desconforto, fissuras e aumentar o risco de infecções urinárias ou sexualmente transmissíveis”, enfatiza a médica. Camila explica que o desconforto e a dor durante as relações diminuem drasticamente o desejo sexual e a qualidade de vida da mulher.
Saúde
O mercado de saúde e bem-estar sexual é muito mais do que a evolução dos negócios eróticos. Muitos dos produtos e serviços que surgem no setor são focados no prazer, na saúde e no cuidado íntimo da mulher. A grande diferença no que até pouco tempo era considerado erótico é que boa parte destes lançamentos é recomendado por médicos e tem como objetivo melhorar a saúde e a qualidade de vida de quem os utiliza.
A médica comenta que avanço do setor também acompanha a maneira como as novas gerações lidam com a sexualidade. “Embora ainda haja vários preconceitos e tabus que envolvem o mercado e impedem um crescimento mais forte do segmento, percebemos uma forte tendência de mudança”, diz.
Para Camila, a evolução inclui atender públicos de diferentes corpos e faixas etárias. A médica atua na clínica há 20 anos e boa parte de seu público era composto por jovens. “Hoje isso mudou bastante e um dos principais públicos da clínica ginecológica atualmente é a mulher madura, atenta à longevidade e às transições hormonais para se manter mais saudável e ativa sexualmente ao longo de toda a vida”, explica.
“Depois da pandemia, este mercado começou a ganhar novas características em que vivenciar a sexualidade passou a ser observado pela perspectiva de bem-estar”,salienta. Isso porque este tipo de produto deixou de ser visto como algo que serve apenas para o prazer para tratar da saúde e do bem-estar de forma geral.
Liderança feminina
Outro ponto levantado pelos especialistas para explicar a ascensão do segmento é o maior número de mulheres na liderança. Segundo dados da Cortex Intelligence, mais da metade (51,1%) das empresas de bem-estar sexual abertas no setor até o ano passado possuem mulheres como sócias.
A maioria dos produtos do setor tradicional foram desenvolvidos por homens. Com a entrada das mulheres neste mercado, além da criação de produtos mais específicos, surgiu uma “cara nova” que vai além do que a indústria da pornografia comumente fazia. A proposta desta nova indústria é acabar com o tabu que ainda existe em relação ao sexo e ensinar as pessoas a se conectarem com o próprio corpo.
Sobre as vendas: Os produtos são aprovados por dermatologistas e também por ginecologistas e estão à venda pelo e-commerce, marketplace, várias redes de farmácia, supermercados, lojas de cosméticos e sex-shops. A marca atende todo Brasil.
SERVIÇO:
@toda_joana
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EMELIN KELEN RIBEIRO LESZCZYNSKI
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