“Julho Amarelo: mês da luta contra as hepatites virais” é uma campanha que foi instituída no Brasil em 2019 pelo Ministério da Saúde e tem como finalidade reforçar a importância da prevenção por meio de ações de vigilância e controle da doença. As hepatites são infecções virais que atingem o fígado, variando sua gravidade de acordo com o tipo infectado, podendo ser Hepatite A, B, C, D e E. Afetando milhões de pessoas em todo o mundo, a melhor forma de combater é prevenir.
As hepatites virais são infecções causadas por vírus, existem 5 tipos e cada uma delas possui seu modo de transmissão e impacto no organismo. Como explica Roberto Gonzales, professor de medicina da Unigranrio Afya:
-Hepatite A (HAV): Transmitida através do consumo de alimentos contaminados com fezes de pessoas infectadas;
-Hepatite B (HBV): Transmitida através do contato com o sangue, sêmen e fluidos corporais de pessoas infectadas, podendo ocorrer na relação sexual, no compartilhamento de objetos pessoas ou no parto entre mãe e bebe;
-Hepatite C (HCV): Transmitida através do contato com o sangue do infectado, através de relações sexuais e compartilhamento de seringa.
-Hepatite D (HDV): Está associada a presença do vírus HBV, da Hepatite B e é transmitida de forma sanguínea;
-Hepatite E (HEV): Transmissão similar a Hepatite A, através da água e alimentos contaminados.
Para dar início ao tratamento é necessário realizar o diagnóstico através do exame de sangue e identificar o tipo de vírus. As Hepatites A e E, em sua grande maioria, evoluem para a cura espontânea, enquanto a B e C é necessário acompanhamento constante para evitar a hepatite crônica, cirrose e câncer no fígado. Hepatite D não tem cura e o tratamento é feito através do controle hepático.
Carolina Freitas, farmacêutica e professora de farmacologia na Unigranrio Afya, destaca que é essencial educar a população acerca das medidas necessárias para reduzir as infecções e dá algumas dicas de como se prevenir e evitar a contaminação:
-Higienize e cozinhe bem os alimentos;
-Consuma somente água potável;
-Utilize preservativos durantes relações sexuais;
-Não compartilhe objetos de uso pessoal.
Carolina alerta também que a evolução da doença pode necessitar transplante hepático e que as hepatites do tipo A e B já existem vacinas e estão disponíveis gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), assim como o tratamento farmacológico, entretanto, pode apresentar efeitos colaterais limitantes.
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JOãO PEDRO URBANO DOS SANTOS
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