A diversidade no ambiente corporativo é mais do que uma questão ética, trata-se de um diferencial competitivo que impulsiona a inovação e a lucratividade. Estudos mostram que empresas no quartil superior em diversidade de gênero têm 21% mais chances de superar a média de lucratividade, enquanto a diversidade étnico-cultural aumenta essa probabilidade para 33%. No Brasil, o cenário é preocupante: apenas 20% dos profissionais de tecnologia são mulheres, e menos de 2% dos cargos executivos em grandes empresas são ocupados por pessoas negras, segundo o Instituto Ethos. Esses números reforçam a necessidade de ações concretas para tornar o mercado mais inclusivo.
A falta de diversidade afeta diretamente a inovação e perpetua desigualdades. Algoritmos de recrutamento, por exemplo, têm excluído candidatos de bairros periféricos e reforçado preconceitos, como aponta Juliana Velozo, vice-presidente da Thoughtworks. “Essa realidade mostra como decisões enviesadas podem afetar diretamente pessoas de grupos menos representados. Quando todo mundo pensa igual, as ideias acabam ficando limitadas, e as soluções não conseguem refletir a realidade de uma sociedade diversa como a nossa,” explica.
No entanto, exemplos positivos demonstram que mudanças estruturais são possíveis e eficazes. Empresas como e Thoughtworks têm implementado ações como entrevistas de cultura, programas de mentoria e metas claras de diversidade, resultando em maior equidade e engajamento. Iniciativas como essas destacam o papel das lideranças em promover mudanças culturais e práticas. Relatórios da Boston Consulting Group reforçam que a diversidade pode aumentar em 19% a receita proveniente da inovação, evidenciando o impacto econômico de políticas inclusivas.
Promover a diversidade exige comprometimento e ação estratégica. Para Juliana, é essencial investir em treinamentos para eliminar vieses inconscientes e criar ambientes onde todos se sintam valorizados. “Deixo a pergunta: o que sua empresa está fazendo para transformar o futuro? A diversidade não apenas amplia horizontes, mas também fortalece a competitividade e a responsabilidade social no mercado de trabalho”, reflete.
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Damaris Pedro
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