Conhecida mundialmente por suas práticas pioneiras em sustentabilidade desde os anos 90, Curitiba se prepara para mais uma eleição municipal em um cenário onde as questões ambientais ganham cada vez mais destaque. Os candidatos à Prefeitura enfrentam o desafio de alinhar expectativas locais e internacionais, mantendo e expandindo as práticas sustentáveis que fizeram da cidade uma referência.
“Apesar de termos sido internacionalmente reconhecidos pelo sistema de transporte público, ainda há muito o que evoluir para atender às exigências de sustentabilidade e as necessidades da população. Isso inclui a eletrificação da frota de ônibus e a ampliação de meios de transporte alternativos, como as ciclovias”, aponta o professor e consultor em ESG, Gustavo Loiola.
Outro tópico importante é o uso de energia renovável. Curitiba já tem exemplos notáveis, como as placas solares no Palácio 29 de Março, a mini usina hidrelétrica no Parque Barigui e a pirâmide solar do Caximba. No entanto, há um potencial ainda maior que pode ser explorado pelo futuro gestor. “Implementar fontes renováveis para alimentar prédios e repartições públicas é uma iniciativa que, além de reduzir os custos com energia, também pode consolidar a cidade como um exemplo de eficiência energética”, diz.
A resiliência climática é outro tema em ascensão. “Curitiba, uma das cidades mais frias do país, está registrando ondas de calor nunca vistas antes na história. Além disso, as enchentes recentes no Rio Grande do Sul acendem um sinal de alerta para o desenvolvimento de ações de mitigação de crises climáticas. Reforçar a atuação e o protagonismo de planos de mitigação às mudanças climáticas é um direcionamento importante”, afirma.
O especialista aponta ainda a educação ambiental, que já foi um dos pilares da cultura sustentável da cidade no passado, como um tema que deve ser retomado e ampliado. “Programas como a ‘Família Folha’ deixaram um legado importante, e acredito que o próximo prefeito deveria investir em iniciativas semelhantes, começando nas escolas e se estendendo à educação terciária, para cultivar uma consciência ecológica que perdure por gerações”, complementa Gustavo Loiola.
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MARIA EMILIA RODRIGUES SILVEIRA
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