Em um esforço para conscientizar sobre os impactos das queimadas e da seca exacerbadas pelas mudanças climáticas, o projeto Verde Cinza surge como uma iniciativa inovadora na Amazônia. O espetáculo, que conecta dança e conteúdos educativos, busca sensibilizar estudantes para os desafios enfrentados pelas famílias da região, ao promover práticas sustentáveis e o resgate de elementos da rica cultura local.
À frente dessa empreitada estão Hanna e Gabi, duas mulheres cuja trajetória inspira e define os rumos do projeto. Hanna, bacharel em dança pela Universidade do Estado do Amazonas e pós-graduada em Gestão, Artes e Entretenimento, alia técnica e criatividade com sua experiência como produtora cultural, videomaker e diretora coreográfica de Teatro Musical. Com oito anos de atuação como professora e um olhar inovador, Hanna consolida sua marca como uma força criativa na arte amazonense.
Gabi, por sua vez, trilhou uma jornada marcada pela dedicação e paixão pela dança. Bailarina há mais de uma década, acumulou experiências em balé, jazz, dança contemporânea, performance e dança folclórica, além de ter obtido o nível Advanced 2 na Royal Academy of Dance. Graduada e pós-graduada pela UEA, Gabi contribuiu para produções de destaque, como o Festival Amazonas de Dança 2024, e agora leva sua expertise ao projeto Verde Cinza, combinando técnica e sensibilidade.
Inspirado no espetáculo Suindara, da Cia Vilaça, Verde Cinza usa uma abordagem interativa e multidisciplinar para criar uma ponte entre arte e educação. O compromisso de Hanna e Gabi com a cultura e o meio ambiente transforma o projeto em uma ferramenta poderosa de conscientização e transformação, explorando as cores da urbanidade amazônica enquanto homenageia suas tradições.
O trabalho das duas idealizadoras reflete uma visão de futuro em que arte, sustentabilidade e educação caminham juntas. Assim, Hanna e Gabi não apenas reinventam o cenário artístico de Manaus, mas também mostram como a dança pode ser uma força de impacto social, moldando consciências e inspirando gerações a proteger o que há de mais precioso: a Amazônia.
Segundo Hanna Vilaça, “O projeto surgiu a partir do incômodo e preocupação com as queimadas. Estamos há dois anos enfrentando o desconforto, doenças respiratórias, seca. Fica a insegurança se nós vamos entrar para o terceiro ano. Quando vimos a oportunidade de juntar a arte e a educação, levar para as escolas o incentivo de mostrar que ainda há tempo de cuidar da nossa floresta que nos abriga, iniciamos o processo criativo! Além das escolas do ensino público, queremos abraçar crianças dentro do espectro. Construímos o espetáculo com linguagem acessível, teremos intérprete de Libras ao vivo e sem estímulos visuais ou auditivos de impacto!”, explica Vilaça.
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HEMILLY TERESA DA SILVA LIRA
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