Na última terça-feira, 27, a Polícia Militar de Minas Gerais, representada pela 6ª Cia e 1° Batalhão, apresentou a comerciantes da região central de Belo Horizonte um balanço de suas atividades realizadas em combate ao crime contra o patrimônio, furtos e roubos e demais atos criminosos, além da apresentação de novas metodologias para a prevenção à criminalidade.
O encontro, promovido pelo Shopping Cidade, contou com a presença do comandante do Policiamento da Capital, coronel Gilbran, do chefe do Estado Maior, coronel Marcelo, representantes do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, o vice-presidente de relações institucionais da CDL/BH, Marcos Innecco, Mercado Central, Associação dos Comerciantes do Hipercentro e a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Regional Centro-Sul, dentre outras instituições.
Segundo o comandante da 6ª Cia, responsável pela segurança do Hipercentro, major Alencar, dentre as ações já realizadas neste ano estão a intensificação das ciclopatrulhas, utilização de recursos tecnológicos de comunicação em tempo real para a determinação de rotas para alocar recursos em locais de maior incidência criminal, reuniões mensais com lideranças do Hipercentro para mobilização e ajustes das demandas, aprimoramento do uso do Olho Vivo e patrulha à paisana. Tais ações contribuíram para que os registros de ocorrências de crimes no Hipercentro reduzissem de aproximadamente oito mil (1° de janeiro a 25 de agosto de 2017) para cinco mil, no mesmo período em 2024.
Na perspectiva do presidente da CDL/BH, o trabalho da Polícia Militar, em conjunto com a sociedade civil organizada, tem sido fundamental para que o Hipercentro da capital mineira não perca sua força comercial. “A região, historicamente, possui problemas relacionados à sensação de segurança e crimes contra o patrimônio e, muitas vezes, isso afastou os consumidores que, por medo, optavam por locais mais seguros para realizarem suas compras. Desde que as associações do Hipercentro e a rede de lojistas protegidos estreitaram os laços com a Polícia, vimos uma boa melhora desse cenário. Temos boas expectativas para que a presença de policiais velados nas regiões de comércio melhorem ainda mais o cenário”, destaca Marcelo de Souza e Silva.
Durante o encontro também foram apresentadas as novas estratégias que terão início nos próximos meses, dentre elas a presença de policiais militares do setor de inteligência que estarão à paisana circulando pelas ruas e nos comércios da região central. “O objetivo é que esses militares repassem informações de monitoramento para as bases e, assim, possamos realizar estratégias de abordagens mais efetivas”, destacou o major Alencar.
Para o vice-presidente de relações institucionais da CDL/BH, Marcos Innecco, há uma expectativa bastante positiva por parte dos comerciantes da região quanto às novidades apresentadas pela Polícia Militar. “Está previsto o aprimoramento do registro de ocorrência, com isso será possível identificar agravantes do ato criminoso e, assim, quando o infrator for julgado, a pena estabelecida será mais severa e condizente ao crime cometido. Infelizmente, nos moldes atuais, os crimes são realizados de forma recorrente pela mesma pessoa, o que gera a sensação de impunidade. Também recebemos com bastante positividade a notícia do aumento do efetivo na região, especialmente dos policiais velados, isso vai agilizar ainda mais a ação da Polícia Militar”, afirma.
Fragilidades
Atualmente, as principais fragilidades da região central estão relacionadas a crimes contra o patrimônio. Outro ponto de atenção da Polícia Militar é a relação entre distribuidoras de bebidas e as grandes aglomerações de pessoas em situação de rua, além disso, a incidência de comercialização de bebidas adulteradas.
“Estamos combatendo a venda dessas bebidas em operações na região, pois identificamos que elas além de levar o indivíduo ao estado alcoólico também altera o humor, deixando-o mais agressivo e propício a atos violentos contra terceiros e ao patrimônio”, explica o major Alencar.
Ainda segundo o militar, a instituição tem buscado junto à Prefeitura a ampliação do período de tratamento e internação no Cersam-AD, para que a população de rua que apresenta dependência química seja tratada por mais tempo. “Certamente essa ampliação do tratamento vai impactar na redução da criminalidade na região central”, diz.
Revitalização
Para a diretora da Associação de Lojistas do Hipercentro de Belo Horizonte, Jacqueline Bacha, para além da atuação da Polícia Militar, a revitalização do Centro é fundamental para que a sensação de segurança na região aumente. “Com um Centro revigorado, teremos mais pessoas circulando, mais lojas em funcionamento, além de bares, restaurantes, cinemas e teatros. Com tudo isso em funcionamento, a tendência é que os espaços sejam ocupados de forma positiva, sem depredação ao patrimônio e redução da criminalidade”, analisa.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARIA CRISTINA GOMES REIS
assessoriadeimprensa@cdlbh.com.br