A Constituição Federal de 5.10.1988 passou a ser chamada “Constituição Cidadã”, porque pressupõe efetiva participação da cidadania na gestão da coisa pública. Reconheceu a tendência contemporânea à adoção de um novo modelo de Democracia, chamada “Participativa”.
Isso implica em conferir responsabilidade acrescida a cada indivíduo que queira fazer a diferença na administração da cidade. É uma obrigação bifronte: é dever, mas, ao mesmo tempo, um direito.
É fácil criticar a administração quando não se concorda com ela no trato de qualquer das inúmeras questões afetas ao Poder Público. Mas é melhor fazer sugestões que possam vir a ser analisadas pelo gestor e venham a aprimorar o funcionamento da máquina.
Duas propostas recebidas estes dias evidenciam a boa vontade da sociedade civil em relação a questões que afetam a todos. A primeira delas é o programa “Adote uma Árvore”, que é uma forma de colaboração do setor privado com o público, no intuito de permitir a poda, retirada e plantio de árvores nos logradouros. A segunda, é a criação de um aplicativo que agilize a autorização para poda, a partir de indicação do munícipe, que encaminhará à Prefeitura a foto da árvore, podendo acelerar a sua poda ou até remoção, mediante o compromisso de substituição, de acordo com o plano de arborização da cidade.
A questão das árvores preocupa a cidadania, porque os fenômenos extremos têm a potencialidade de derrubá-las e, portanto, é preciso que elas estejam saudáveis e bem cuidadas. Quando o cidadão ajuda, a Prefeitura se torna mais eficiente e os problemas chegam a soluções efetivas. Afinal, cuidar com carinho da cidade em que se vive é algo que reforça o sentido de pertencimento e de solidariedade entre todas as pessoas.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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