A ABRASSO, Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, alerta para a importância da Vitamina D na saúde óssea e metabólica. Essencial para a absorção de cálcio e a prevenção de doenças como a osteoporose, sua principal fonte é a exposição ao sol, mas por conta de várias razões, o uso de medicamentos se torna essencial. No entanto, é fundamental adotar cuidados para garantir os benefícios sem comprometer a pele e o organismo.
Quando a pele entra em contato com a radiação ultravioleta B (UVB), o organismo inicia a produção de Vitamina D. Porém, fatores como horário de exposição, tom de pele, idade, localização geográfica e poluição podem influenciar esse processo. Um estudo publicado no Journal of Nutrition revelou que 88% das pessoas no mundo apresentam níveis abaixo do recomendado dessa vitamina, o que reforça a importância de buscar ajuda médica.
“A Vitamina D tem um papel fundamental na saúde óssea e na prevenção de diversas doenças. Mas, é essencial equilibrar a exposição ao sol para garantir os benefícios sem comprometer a pele. Apesar disso, muitas vezes, o sol não é suficiente e a suplementação é uma das alternativas. A recomendação é sempre buscar orientação médica para avaliar as necessidades individuais de cada pessoa”, afirma Dra. Monique Nakayama Ohe, endocrinologista e membro da ABRASSO.
Uma das maneiras de absorver a Vitamina D, é através da síntese cutânea – contato direto com a pele – que é ativada pelos raios UVB, mas é importante que essa exposição ao sol seja feita de maneira responsável. O ideal é que a luz atinja a pele sem barreiras, como vidros ou protetores solares, de duas a três vezes na semana.
Após esse período em exposição é essencial o uso de protetor solar para prevenir os danos. Além disso, é fundamental adotar medidas de proteção, como o uso de chapéus e óculos de sol, além de se manter bem hidratado para evitar problemas como desidratação e envelhecimento precoce. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que cerca de 875 mil brasileiros com mais de 50 anos sofrem de deficiência de Vitamina D, o que reforça a necessidade de atenção especial a esse grupo.
Existem outras fontes onde a Vitamina D pode ser encontrada, uma delas é em alguns alimentos, principalmente os de origem animal, como peixes, frutos do mar, laticínios e carnes. Porém, o consumo não é suficiente para suprir as necessidades diárias da vitamina no organismo.
Já outra maneira quem tem sido bem comum, principalmente para idosos, pessoas que vivem em locais com pouca incidência da luz do sol ou que passam muito tempo em locais fechados, é a suplementação desse nutriente por meio de cápsulas, gotas ou injetável, mas vale lembrar que, a suplementação deve ser indicada por um médico, que irá avaliar se existe a necessidade por meio de exames.
Muito se fala sobre a deficiência de Vitamina D e o que isso pode ocasionar, mas também é importante lembrar que o excesso do nutriente, que é conhecido como hipervitaminose D, pode provocar desidratação, arritmia cardíaca, náuseas, falta de apetite e até pedras nos rins.
Por isso, a importância de um acompanhamento médico caso haja a suplementação prolongada ou até mesmo, por problemas de saúde que aumentem a produção de Vitamina D, como alterações granulomatosas ou linfoma.
Adequar a rotina com uma exposição solar segura, suplementação, ter uma boa alimentação e um procurar um acompanhamento médico de qualidade, é a chave para manter os níveis de Vitamina D de forma equilibrada no nosso organismo, podendo assim desfrutar de todos os seus benefícios para a nossa saúde.
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RAFAELLA COUTO GOMES
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