A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) lançou oficialmente na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração – Exposibram 2023 o Boletim da Mineração 2023. O documento é disponibilizado para o público no site da Fapespa (www.fapespa.pa.gov.br/publicacoes) e foi desenvolvido pela Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural (Diepsac) da Fapespa. “Nesse trabalho anual fazemos uma análise em uma linha do tempo de como o setor mineral se comporta. É possível constatar que essa é uma cadeia produtiva muito relevante, tanto na geração da produção mineral quanto na geração de empregos. O Pará tem uma variedade de metais com alto valor agregado no mercado internacional, colocando o estado na locomotiva desse processo”, explica Márcio Ponte, diretor da Diepsac.
O Pará tem uma mineração diversificada nas reservas minerais, o que atrai investimentos que contribuem para a geração de renda e empregos no estado. Na geração de emprego, o levantamento indica que o setor mineral paraense registrou mais de 325 mil postos de trabalho, direta e indiretamente, em 2021. Em âmbito nacional, o Pará mantém o índice de mais de 20% na participação brasileira de produção. Segundo a análise de dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), em 2021, o Pará produziu 369,4 milhões de toneladas de minério, equivalente a 21,2% da participação na produção nacional, com destaque para o alumínio, que corresponde a 89,4% de tudo o que foi produzido no País. Já na produção estadual, o ferro bateu a marca de 192,3 milhões de toneladas em 2021 e é o minério mais produzido no Pará, além de representar 33,8% da produção brasileira.
Grande parte da produção paraense é exportada e favorece a balança comercial do estado e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Na exportação mineral brasileira, em 2022, apenas três estados contribuíram com mais de 70% da comercialização externa do minério do País. O Pará alcançou o segundo maior valor de exportação mineral, com US$ 15 bilhões, ficando atrás só do Rio de Janeiro, com US$ 36,9 bilhões. “Se nós queremos trabalhar cada vez mais com a mineração no Pará, precisamos de dados científicos, de pesquisa. A Fapespa traz um Boletim com informações disponíveis a todo o público. Isso é importante para as empresas que querem trazer os seus investimentos para o estado e as Secretarias que trabalham diretamente com a mineração. Esse estudo vai servir como base para avançarmos nas nossas políticas públicas para o setor e chega em um momento oportuno, na Exposibram, com pessoas do restante do Brasil e do mundo”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Paulo Bengtson.
O Pará é um dos maiores produtores de minérios do País e do mundo com a produção de ferro, bauxita, cobre, caulim, manganês, níquel, ouro, calcário, entre outros, sendo que a maior parte é usada na construção civil e na indústria de base, impulsionando tanto as receitas municipais via royalties, quanto o mercado de trabalho local, além de dinamizar outros setores econômicos, como comércio e serviços. Os municípios de Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá contribuem para firmar o Pará como o segundo estado que mais produziu minério em 2021: 369,4 milhões de toneladas, atrás apenas de Minas Gerais, com 588,2 milhões de toneladas.
O Boletim da Mineração 2023 mostra também que a produção de minério gerou R$ 145 bilhões, uma marca recorde para o Pará e equivalente a 42,3% do valor referente ao País. A maior parte em razão do ferro, com R$ 119,9 bilhões. Em uma década, o minério paraense dobrou, saltando de 200 milhões para, aproximadamente, 400 milhões de toneladas produzidas ao ano. “A Fapespa tem a missão institucional de produzir estudos, produzir estudo, conhecimento, inovação. As nossas diretorias de estudo realizam uma série de pesquisas que retornam para a tomada de decisão do Estado. O Boletim da Mineração é apenas um desses. Nós ainda temos o Pará em Números, Notas Técnicas, Barômetro da Sustentabilidade, um conjunto de informação que orienta não só o gestor público, mas a população com os resultados que estamos alcançando ano a ano”, afirma o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.