O Instituto Supereco, uma ONG brasileira, atravessou o Oceano Atlântico para uma missão internacional de intercâmbio de boas práticas e parcerias para a sustentabilidade na Década do Oceano (2021-2030). Na agenda participou do II Encontro Internacional de Educação Ambiental, realizado nos dias 27, 28 de fevereiro e 1º de março, em Guimarães, Portugal. Promovido pelo Laboratório da Paisagem, o evento trouxe como tema central “(Re)Educação Ambiental? O desafio das tecnologias inteligentes emergentes” e reuniu especialistas internacionais em inteligência artificial (IA), educadores, ambientalistas, pesquisadores e estudantes para compartilhar conhecimentos, experiências e iniciativas eficientes em educação, sustentabilidade e inovação.
A presidente do Instituto Supereco, Andrée de Ridder Vieira, participou como palestrante no primeiro dia do evento, compartilhando em comunicação oral os resultados e recomendações do Projeto Tecendo as Águas: serra, terra e mar, uma iniciativa do Instituto Supereco em parceria com a Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental. O projeto, ao longo de 10 anos, tem promovido uma visão sistêmica da interdependência entre os ecossistemas terrestres e marinhos no estado de São Paulo, com o protagonismo social na sua sustentabilidade, praticando tecnologias que auxiliaram os processos de recuperação ambiental de águas e florestas e a sistematização de conhecimento na gestão de resíduos e do turismo sustentável. Especialmente, Andrée destacou a educomunicação, que utiliza metodologias participativas e recursos tecnológicos para fortalecer o engajamento comunitário e a disseminação de boas práticas por crianças e jovens educomunicadores.
Com uma programação diversificada e um evento planejado de forma sustentável, o encontro contou com palestras, mesas-redondas, exposições de ferramentas e pitches tecnológicos, além de apresentações de trabalhos científicos, comunicações orais, pôsteres, visitas guiadas das boas práticas do Laboratório da Paisagem e seu entorno.
A inteligência artificial tem transformado rapidamente diversos setores da sociedade, incluindo a educação e a gestão das cidades. Diante das mudanças climáticas e alterações socioambientais, a IA oferece novas possibilidades para prever riscos, promover agilidade no conhecimento e nas soluções emergenciais, bem como tornar a educação para a sustentabilidade mais eficiente, ágil, acessível e personalizada.
Contudo, Andrée alertou sobre a importância de integrar as novas tecnologias à educação ambiental e à vida de forma ética, responsável e humanizada: “A educação ambiental aliada à inteligência artificial tem um potencial transformador. No entanto, para que essa inovação realmente gere impacto positivo com soluções adequadas, é essencial considerar os cenários e suas especificidades, valorizar os saberes locais e envolver as comunidades em todo o processo”.
No último dia do encontro, aconteceu uma visita interpretativa à zona úmida de Guimarães, proporcionando uma experiência imersiva no patrimônio natural da região. O evento reforçou a visão de Guimarães, em Portugal, como uma cidade-líder na transição verde, destacando seu papel como Capital Verde Europeia 2026.
“Foram dias de reflexão e partilha, onde mostrámos o que Guimarães tem feito na área da educação ambiental e da sustentabilidade, mas também aprendemos com as experiências e conhecimento trazidos pelo Supereco e pelos oradores presentes”, destacou a Dra. Adelina Pinto, Presidente do Laboratório da Paisagem.
O II Encontro Internacional de Educação Ambiental foi um momento inspirador de troca de experiências, reforçando o papel da educação ambiental na construção de um futuro mais sustentável e ético no uso das novas tecnologias.
A presença do Instituto Supereco reforçou a importância da Aliança Internacional pela Mata Atlântica na Década do Oceano, uma colaboração entre o Supereco, o Instituto Pró-Muriqui e o Laboratório da Paisagem, que busca promover ações integradas de conservação e sustentabilidade.
A missão do Supereco na Europa continua no mês de março com novas participações em eventos e reuniões de planejamento de parcerias internacionais, valorizando a Mata Atlântica do Brasil como o 5º lugar dos biomas mais prioritários de conservação do Planeta!
Sobre o Instituto Supereco
Desde 1994, o Instituto Supereco promove a sustentabilidade, inclusão social, soluções sistêmicas e inovação socioambiental, sempre alinhado aos princípios da agenda 2030 da ONU e aos pilares ESG (Environmental, Social, and Governance). Ao longo de três décadas, o Instituto já impactou mais de 1 milhão de pessoas em 29 programas socioambientais, atuando em diversos biomas do Brasil.
O Projeto Tecendo as Águas: Serra, Terra e Mar é um dos destaques da trajetória do Instituto Supereco. Em parceria com a Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, há mais de 10 anos o projeto tem se consolidado como referência na promoção da sustentabilidade de forma integrada, conectando ecossistemas terrestres e marinhos e envolvendo diretamente comunidades, pescadores, professores e gestores públicos. Com foco na gestão compartilhada de bacias hidrográficas e na conservação de serviços ambientais, o projeto tem gerado impactos significativos na proteção da Mata Atlântica e dos territórios costeiros.
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Sobre o Laboratório da Paisagem
O Laboratório da Paisagem é uma instituição de investigação e educação ambiental criada em 2014, fruto de uma relação tripartida entre a Câmara Municipal de Guimarães, a Universidade do Minho e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. É uma Associação privada, sem fins lucrativos, que integra ainda um conjunto de parceiros da sociedade civil, que procuram contribuir para o desenvolvimento sustentável.
Desenvolve atividades de investigação, desenvolvimento, inovação e consultoria nas áreas da Biodiversidade, Recursos Hídricos, Economia Circular, Áreas Verdes, Clima e Saúde e bem-estar, assim como atividades de educação e sensibilização ambiental. É líder ou parceiro, de diversos projetos nacionais e internacionais na área da sustentabilidade, assim como promotor de diversas publicações técnicas e científicas. É ainda a sede responsável por Guimarães, Capital Verde Europeia 2026.
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ALEX GODOI PINHEIRO
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