O Brasil se destaca como um dos maiores produtores globais de alimentos, mas também enfrenta desafios significativos com o desperdício alimentar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 30% da produção nacional é desperdiçada, o que equivale a 46 milhões de toneladas anuais, resultando em perdas econômicas estimadas em R$61,3 bilhões por ano. Ocupando a décima posição no ranking global de desperdício alimentar da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o País vê na eficiência da cadeia do frio uma solução essencial para mitigar este problema.
Desde a colheita, passando pelo armazenamento, transporte e distribuição, até o ponto de venda e consumo final, o controle da temperatura é decisivo para a preservação de grãos, frutas, carnes, laticínios e muitos outros produtos essenciais da mesa do consumidor brasileiro.
“As longas distâncias entre os centros produtores e os consumidores, combinadas com a diversidade de produtos e as variações de clima, aumentam a complexidade da cadeia logística. A refrigeração, aliada à tecnologia de monitoramento remoto, permite rastrear e manter a temperatura adequada em armazéns, ou caminhões e contêineres durante todo o trajeto dos produtos, prevenindo perdas significativas, como também reduz o impacto ambiental, ao evitar o descarte de alimentos por condições inadequadas de conservação”, explica Lauro Toledo, Gerente de Desenvolvimento de Negócios, da Thermo King, empresa pioneira no desenvolvimento de soluções no controle de temperatura para transportes, incluindo unidades de refrigeração para logística de perecíveis.
Monitoramento de alimentos em tempo real
Os avanços tecnológicos na refrigeração buscam aumentar a eficiência energética, mas também alinhar-se às normas ambientais globais. Tecnologias avançadas, como compressores de fluxo de ar variável e do motor diesel com 4 velocidades (com rendimento de acordo com a criticidade da temperatura da carga e drástica redução do custo operacional) e o uso de refrigerantes naturais (como o CO2 e os hidrofluorolefinas (HFO)), diminuem o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo para a redução dos custos operacionais, proporcionando uma solução mais econômica e sustentável.
“A implementação de soluções que priorizam o baixo impacto ambiental é uma das principais prioridades da empresa para o futuro da refrigeração. Por isso, nossas fábricas priorizam a redução do uso de recursos naturais, assim como menor energia e água, resultando um nível de redução considerável na quantidade de resíduos durante todo processo de fabricação e operação de nossos equipamentos” explica Toledo.
A preocupação com o impacto ambiental vai além da tecnologia. Parcerias estratégicas com organizações como a GCCA Brasil e o Mesa Brasil (SESC) contribuem para a redistribuição de alimentos que, embora não possam ser comercializados, estão aptos para consumo. Essas parcerias ampliam o acesso a alimentos em boas condições para comunidades carentes e evitando que milhões de toneladas de alimentos sejam desperdiçadas.
O papel da cadeia do frio no combate ao desperdício alimentar está em constante evolução. Soluções como telemetria e internet das coisas (IoT) permitem monitorar a temperatura em tempo real, otimizando processos logísticos e aumentando a eficiência na conservação de alimentos. Essas inovações são fundamentais para atender às crescentes demandas de qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade.
“Estamos focados em garantir que nossos equipamentos atendam às exigências ambientais e impulsionem o setor agropecuário brasileiro para um futuro mais eficiente, econômico e sustentável, mantendo a Thermo King na posição de liderança no fornecimento de soluções que garantam a sustentabilidade a longo prazo” finaliza Toledo.
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SARAH ABRÃO CARDOSO
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