O calor intenso do verão e a concentração de pessoas em praias, piscinas e cachoeiras criam condições para o aparecimento de inflamações e infecções oculares. De acordo o oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG), Leonardo Coelho Gontijo, uma delas é a ceratite não infecciosa, uma inflamação da córnea causada pelo olho seco e pela exposição prolongada ao sol ou à luz ultravioleta sem proteção.
Outra bastante comum nessa época é a ceratite infecciosa, oriunda de patógenos (bactérias/vírus/fungos/amebas). “As ceratites infecciosas proliferam devido a fatores como baixa imunidade, pequenas lesões causadas por água salgada, exposição solar, manejo e higienização inadequados das lentes de contato, além da síndrome do olho seco. Tanto as ceratites não infecciosas como as infecciosas têm como principais sintomas dor ao piscar, desconforto ocular, lacrimejamento e secreção purulenta”, explica o Dr. Leonardo Coelho Gontijo.
O oftalmologista destaca que o verão também favorece o surgimento de conjuntivite, uma inflamação ou irritação da conjuntiva – membrana que reveste a parte externa do globo ocular e interna das pálpebras –, cujo contágio é facilitado pelo uso de piscinas, sauna e compartilhamento de maquiagem e toalhas. “Os incômodos mais comuns são olhos vermelhos e lacrimejantes, sensação de areia ou corpo estranho nos olhos, secreção purulenta ou aquosa e pálpebras inchadas”, descreve.
Igualmente frequente no período, lembra Dr. Leonardo Coelho Gontijo, é a inflamação do pterígio, conhecida popularmente como ‘carninha do olho’, “que tem como causas a radiação solar e a síndrome do olho seco. Trata-se do crescimento do tecido na superfície de um ou de ambos os olhos, provocando irritação, desconforto e visão embaçada”, informa.
A doença do olho seco não só pode provocar inflamações e infecções, como tende a surgir ou se agravar nesse período do ano, conforme esclarece o oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais. “Isso ocorre devido ao uso de ventilador e ar-condicionado, que aceleram a evaporação do filme lacrimal, piorando sintomas como secura ocular, coceira e vermelhidão”, aponta.
O especialista recomenda adotar algumas medidas para prevenir inflamações e infecções oculares comuns no verão: “Utilize óculos de sol com proteção UVA e UVB; higienize bem as mãos; não leve as mãos aos olhos para coçá-los; não compartilhe toalhas e maquiagens; não abra os olhos em água doce e salgada; use filtro solar próprio para o rosto e não o passe nas pálpebras; use colírio lubrificante prescrito pelo oftalmologista; respeite as orientações de higiene e manipulação de lentes de contato e nunca durma com elas”, finaliza.
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Aline Beatriz Batista Lourenço
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