Por Diego Nomiyama – advogado no escritório Dosso Toledo Advogados
O ano de 2024 foi marcado por um aumento expressivo nos pedidos de recuperações judiciais no Brasil, refletindo os desafios enfrentados por empresas de diversos setores em um cenário econômico de retomada gradual.
Entre os setores mais afetados, destacam-se o de varejo, construção civil e transporte, que enfrentaram pressões significativas devido a custos elevados, dificuldades de acesso a crédito e mudanças no comportamento do consumidor. Pequenas e médias empresas foram as mais vulneráveis. Por outro lado, setores como tecnologia e agronegócio mostraram maior resiliência, com empresas conseguindo adaptar-se rapidamente às mudanças de mercado e mitigar os efeitos das dificuldades econômicas.
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentraram a maior parte dos pedidos, reflexo da alta densidade empresarial dessas regiões. No entanto, outras localidades também observaram um aumento considerável, indicando que o impacto das dificuldades econômicas foi generalizado.
As recuperações judiciais refletem não apenas problemas financeiros das empresas, mas também questões estruturais, como a alta carga tributária e a burocracia no Brasil. Em resposta, o governo federal lançou medidas para facilitar a renegociação de dívidas e ampliar o acesso ao crédito, especialmente para micro e pequenas empresas.
Para 2025, a expectativa é de estabilização nos pedidos de recuperação judicial, com a retomada da confiança empresarial e a implementação de políticas que incentivem o crescimento econômico sustentável. Apesar das adversidades, 2024 mostrou a capacidade de resiliência de muitas empresas, que buscaram alternativas para reestruturar seus negócios e garantir sua sobrevivência no mercado.
Com isso, o balanço de 2024 serve como um alerta e uma oportunidade para aprimorar o ambiente de negócios no Brasil, fortalecendo a economia para enfrentar os desafios futuros.
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DAVID ROBERTO FLORIM
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