No Brasil, a diversidade etária tem se tornado uma estratégia importante para transformar a cultura organizacional das empresas. Segundo o relatório do Novo Pacto Social: Empregadores Amigáveis a Todas as Idades, do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, 72% das companhias brasileiras possuem iniciativas para incluir profissionais de diferentes idades, enquanto 42% delas desencorajam a discriminação etária. Empresas como a Natura têm se destacado ao implementar programas de mentoria reversa, nos quais jovens profissionais compartilham conhecimentos digitais com colaboradores mais experientes, que, por sua vez, oferecem visão estratégica e expertise de mercado. Essa troca fortalece a cultura organizacional e estimula a inovação.
Ricardo Oberlander, CEO e C-Suite com experiência global em grandes operações, ressalta que o Brasil está avançando no reconhecimento da importância das equipes multigeracionais, mas ainda há desafios a superar. “O mercado brasileiro está começando a entender o potencial dessa integração, especialmente em um cenário onde a transformação digital e a longevidade profissional são tendências fortes. No entanto, ainda precisamos ampliar as iniciativas para incluir mais profissionais experientes no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que capacitamos as gerações mais jovens para assumir papéis de liderança. Quando conseguimos unir essas forças de maneira equilibrada, criamos organizações mais inovadoras, resilientes e preparadas para o futuro,” afirma Oberlander.
Ludmila Ribeiro, 51 anos, que atua no mercado corporativo há mais de duas décadas, reforça a importância de integrar gerações no ambiente de trabalho. “Eu vejo o quanto é enriquecedor trabalhar ao lado de pessoas mais jovens e de outras que, como eu, têm uma bagagem maior. Essa troca nos ensina muito. Os mais novos trazem uma energia e um olhar inovador, enquanto nós oferecemos experiência e visão estratégica. Essa combinação fortalece o time e nos torna mais preparados para encarar desafios. Iniciativas que valorizam todas as idades mostram que a empresa está alinhada com as demandas do futuro”, afirma Ludmila.
A valorização de equipes multigeracionais não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para empresas que desejam se manter competitivas e inovadoras. Unir diferentes gerações no ambiente de trabalho promove uma troca única de conhecimentos e habilidades, preparando organizações para desafios cada vez mais complexos. Como ressalta Ricardo Oberlander: “No Brasil e no mundo, as empresas que conseguirem transformar a diversidade de idades em um motor de colaboração e aprendizado contínuo estarão não apenas preparadas para o futuro, mas também na liderança do mercado. A chave para o sucesso está em criar um ambiente onde todas as gerações se sintam valorizadas e possam contribuir para o crescimento coletivo”, completa.
O futuro aponta para uma alta demanda por habilidades tecnológicas e sociais em todas as gerações, reforçando a importância de equipes multigeracionais nas organizações. Estudos mostram que empresas que promovem essa integração conseguem resolver problemas de forma mais criativa e têm maior retenção de talentos. Especialistas sugerem que as organizações que adotam o aprendizado contínuo e incentivam a colaboração entre gerações estarão mais preparadas para enfrentar as rápidas mudanças trazidas pela transformação digital, tornando a diversidade de idades uma vantagem competitiva essencial.
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Damaris Pedro
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