A chegada de um novo bebê muda completamente a rotina de uma família, principalmente quando os pais são de primeira viagem. São muitas novidades e aprender a lidar com a situação é um desafio tanto para a mãe, quanto para o pai, principalmente devido à ansiedade e ao medo gerados pela nova experiência. Apesar disso, a participação paterna é de extrema importância em todas as etapas da criação do bebê e contribui, sobretudo, no desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos filhos, segundo pesquisa feita pela Academia Americana de Ciências.
Para a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Mayrla Pinheiro, reconhecer os sentimentos é o primeiro passo para lidar com a ansiedade e o medo de se tornar pai. “É normal sentir isso, mas aceitar esses sentimentos como parte do processo pode ajudar a lidar melhor com eles. É ideal também conversar com outros pais, amigos e familiares sobre suas preocupações, assim como manter um diálogo aberto com seu parceiro(a), pois fortalece a relação. Compartilhar experiências pode aliviar a carga emocional e oferecer novas perspectivas”, orienta.
Ainda de acordo com a psicóloga, praticar técnicas de relaxamento também ajuda no processo. “Experimentar atividades como meditação, exercícios físicos ou ioga pode ajudar a reduzir a ansiedade. Esses momentos de autocuidado são fundamentais, assim como estabelecer expectativas realistas, ou seja, entender que não há um pai perfeito. Foque em ser presente e amoroso em vez de buscar a perfeição”, explica.
Mayrla enfatiza que é importante também aprender sobre desenvolvimento infantil por meio de livros, cursos online e grupos de apoio. “São ótimos recursos que ajudam a conhecer cada fase da criança”. A especialista acrescenta que “é normal sentir-se perdido às vezes. A paternidade é um aprendizado contínuo. Não tenha medo de cometer erros. Reserve um tempo para si, mesmo que seja curto. Cuidar da própria saúde mental e física é essencial para ser um bom pai”.
Paternidade ativa
A psicóloga também orienta como os pais podem ser mais participativos durante todas as etapas da criança. “Busque se envolver nas rotinas. Tente participar ativamente das atividades com o bebê, como trocar fraldas, dar banho ou alimentar. Isso cria laços e fortalece a presença paterna na vida do filho”, reforça.
Pinheiro defende também o fomento ao apoio emocional. “Esteja presente emocionalmente para sua parceira. O apoio mútuo é crucial nos primeiros meses, então ofereça ajuda nas tarefas domésticas ou apenas escute quando ela precisar desabafar. E por fim, busquem assistir a vídeos educativos ou leiam livros sobre paternidade juntos. Isso não apenas aumenta seu conhecimento, mas também gera uma conexão entre vocês ao compartilharem essa experiência”, finaliza a especialista.
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LORRAINE GABRIELLE SILVEIRA SOUZA
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