A cidade de Chicago, nos Estados Unidos, receberá a Convenção Nacional Democrata entre os dias 19 e 22 de agosto. Após a desistência do presidente Joe Biden pela corrida presidencial neste domingo (21), o evento será um marco importante para as definições da candidatura democrata nas próximas eleições marcadas para 5 de novembro.
Apesar de o presidente Biden ter endossado o nome da vice-presidente Kamala Harris, a oficialização da chapa ainda precisa seguir o trâmite sob os holofotes da opinião pública e da política americana. Outros nomes também foram colocados como a ex senadora Hillary Clinton, a ex-primeira-dama Michelle Obama, a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e o governador da Califórnia, Gavin Newsom. No entanto, os governadores Gavin Newsom, Gretchen Whitmer, Josh Shapiro e J. B. Pritzker, de Illinois, já manifestaram apoio a Harris para encabeçar a chapa democrata. O Comitê Nacional Democrata informou ainda que o nome do partido deverá ser anunciado até o dia 7 de agosto após uma votação virtual com os delegados, que pode acontecer a partir do dia 1º.
“Naturalmente essa desistência cria uma grande interrogação no processo eleitoral. Por que? Nós teremos as prévias do Partido Democrata, através das suas convenções, que se iniciam no dia 19 de agosto. E temos vários nomes na mesa. É lógico que o nome da vice-presidente passa a ser o mais comentado no atual momento, mas existem muitos outros potenciais e a recomendação é aguardar e ver as cenas dos próximos capítulos. Teremos emoções fortes”, acredita o advogado licenciado nos Estados Unidos Vinícius Bicalho, membro da American Immigration Lawyers Association (AILA).
A corrida agora será pelos possíveis apoios de peso ainda não oficializados. Bicalho explica que os caciques do partido preferem estrategicamente reservar seu apoio para o final. “A ideia é evitar aumentar tensões no processo eleitoral, onde o novo candidato já enfrentará o desafio de competir contra um nome já consolidado como Donald Trump”, reflete.
A definição do nome do novo candidato é fundamental para seguir com o debate em torno de questões importantes como o futuro das políticas de imigração, um dos principais pilares das atuais discussões no país. “Muita gente tem me perguntando se essa desistência do presidente Biden vai impactar alguma coisa na imigração. Prematuro demais fazer qualquer consideração nesse sentido, até porque imigração, como eu sempre repito, é uma política de Estado, não é uma política de governo. A América quer sempre repelir a imigração ilegal e estimular a imigração legal dentro dos limites que a lei americana impõe”, conclui o especialista.
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RACHEL VIANA MOTTA
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