Dúvidas e inseguranças preocupam executivos de empresas importadoras dois meses antes da implementação do Novo Processo de Importação, a partir de outubro. Embora todos estejam otimistas no longo prazo, às vésperas do início da transição para o novo modelo, os profissionais do mercado ainda não têm clareza sobre como essas mudanças irão impactá-los na prática, principalmente neste período de transição. Essas foram as principais percepções dos 130 executivos de companhias importadoras instaladas no Brasil que participaram da segunda edição do KPMG&RGC EXPERIENCE, evento que aconteceu na sede da KPMG em São Paulo.
Durante o encontro, os participantes ainda apontaram que apenas cinco estados brasileiros estão em estágio avançado de adequação ao novo sistema, o que traz insegurança de como a falta de um processamento automático pode afetar a dinâmica de pagamento dos tributos estaduais, além disso, a poucas semanas do primeiro ciclo da transição de modelo, os importadores não estão conseguindo realizar operações em ambiente de testes no sistema do Governo.
Nas duas palestras e dois painéis do evento, executivos de grandes empresas do setor discutiram os impactos práticos da transição para o Novo Processo de Importação brasileiro, que já é visto como referência mundial. “A última grande transformação do comércio exterior no Brasil aconteceu na década de 1990, com a criação do Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). O novo sistema é um indicativo do nível de maturidade do comércio exterior no País e daqui a pouco vai fazer parte do cotidiano das empresas”, afirmou o sócio da RGC, Israel Geraldi.
O sócio-diretor de Trade & Customs Advisory da KPMG, Hermes Morettin, comentou que o novo sistema de importação retira a subjetividade do comércio exterior, trazendo maior transparência para a atividade no Brasil. “O primeiro passo das empresas para uma transição bem-sucedida é estabelecer uma governança estruturada, engajando os times de diferentes áreas. É preciso entender a responsabilidade de cada um, com todos comprometidos, para que haja orquestração e fluxo”, disse.
Segredos e legislação
No médio prazo, as expectativas para as empresas são positivas, inclusive com redução de custos e automatização de todo o sistema. Algumas questões, entretanto, ainda tiram o sono dos profissionais do setor. A proteção dos segredos industriais é uma delas, já que o novo processo exigirá maior detalhamento técnico de cada item importado. A nova legislação sobre o tema, ainda não publicada, é outro ponto de atenção para os empresários do setor.
No Painel “Visão de Futuro: Desafios, Oportunidades e Perspectivas a partir do Primeiro Ciclo de Desligamento do Siscomex Importação”, os participantes apontaram que ainda há muito trabalho a ser feito e que a estruturação do sistema é o grande desafio. Segundo eles, mesmo que a empresa já esteja apta no novo sistema de validação, ainda não consegue atuar no sistema de produção.
Os executivos lembraram que será preciso mapear todos os cenários e estabelecer um sistema de testes para evitar equívocos e multas. Ainda que a transição seja faseada, entre 2024 e 2025, o setor precisa de tranquilidade para se adaptar ao novo processo, conforme os profissionais. Eles acrescentam que as importações afetam o sistema de produção brasileiro e a cadeia de produção.
Treinar e engajar
No Painel “Novo Processo de Importação na prática: Planejamento, Estratégia e Tecnologia para a nova realidade nas importações brasileiras”, os participantes elencaram estratégias que podem auxiliar as empresas nessa fase agitada de mudanças e transformações, como treinar, engajar e manter alinhadas as diversas áreas que impactam e são impactadas pelo processo de importação. Uma dessas possíveis mudanças poderia ser a criação de um novo cargo, o de gestor de Catálogo de Produtos, que vai coordenar as diferentes áreas e profissionais envolvidos no processo e ser responsável por manter atualizados e em conformidade os dados técnicos de produtos disponibilizados ao Governo.
Na palestra “Além da DUIMP: Como tornar-se Protagonista em um período de incertezas e adaptação ao Novo Cenário das Importações?”, o Head de Desenvolvimento de Negócios e Relacionamento com o Cliente da RGC Consultoria, Kleber Martins, lembrou que, ainda que o período seja de mudanças, incertezas e adaptações, também é um período de transformações que podem “igualar o jogo” para as empresas do segmento. Ele comentou que o Novo Processo de Importação é discutido há 10 anos e que, a partir de outubro, o Brasil entra em um novo momento de gestão aduaneira, mais moderno. “Será um processo de mudanças profundas e contínuas”, disse.
Os participantes do debate comentaram que o evento trouxe luz ao novo momento, justamente porque as empresas enfrentam dificuldades parecidas, independentemente do estágio de adaptação ao novo processo. “Foi uma excelente discussão prática sobre como todos estão em relação a essa transição”, comentou o head de vendas e crescimento da RGC, Menotti Franceschini. Ele apontou que uma nova edição KPMG&RGC Experience está prevista para outubro deste ano.
Sobre a RGC
Fundada em 1997, em Campinas, a RGC oferece soluções que possibilitam ganhos tributários e logísticos com total aderência às regras de compliance. Com mais de 500 clientes atendidos no Brasil, América Latina, América do Norte e Europa, a RGC é autoridade em serviços de classificação fiscal e regimes aduaneiros especiais.
Sobre a KPMG
A KPMG é uma rede global de firmas independentes que presta serviços profissionais de auditoria, tributos e consultoria. Está presente em 143 países e territórios, com 270 mil profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Brasil, são mais de cinco mil profissionais, distribuídos em 15 cidades de 10 estados e do Distrito Federal.
Orientada pelo seu propósito de empoderar a mudança, a KPMG é uma empresa referência no segmento em que atua. Compartilha valor e inspira confiança no mercado e nas comunidades há mais de 100 anos, transformando pessoas e empresas e gerando impactos positivos que contribuem para a realização de transições sustentáveis em clientes, governos e sociedade civil.
Alfapress Comunicações
Isabela Lopes | (19) 9 8450-0012 | isabela.lopes@alfapress.com.br
Ana Mairene | (19) 9 8373-2511 | ana.mairene@alfapress.com.br
Atendimento à Imprensa – KPMG
Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação (RV&A)
Assessoria de Imprensa – assessoriakpmg@viveiros.com.br
Bianca Antunes – bianca.antunes@viveiros.com.br – 21-99608-3963
Pedro Ulsen – pedro.ulsen@viveiros.com.br – 11-3670-5424
Marcos Oliveira – marcos.oliveira@viveiros.com.br – 11-3670-5424
Karina Figueiredo – karina.figueiredo@viveiros.com.br – 21-99819-3987
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
SILVANA CRISTINA GUAIUME
silvana.guaiume@alfapress.com.br