Os avanços tecnológicos estão se colocando em diversas áreas profissionais e empresariais, facilitando a vida das pessoas e trazendo chance de mais lucro para as empresas.
Entretanto, uma área ainda pouco impactada pelas inovações tecnológicas e que demora para apresentar mudanças significativas em sua dinâmica atual, e baseada em modelos já datados, é a da educação.
Recentemente, a Secretaria de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro proibiu a presença de celulares nas escolas da cidade e isso fez com que o debate voltasse a acontecer. Por um lado, há a preocupação dos pais e professores de que o aparelho possa gerar a falta de concentração dos alunos e isso prejudique as aulas.
Além disso, há o debate de como os celulares e o acesso a internet poderiam trazer problemas de comportamento, principalmente se informações falsas fossem de fácil acesso, o que poderia trazer embates que não ajudariam em nada, bem como a possibilidade de novas formas de bullying.
Entretanto, algo que não está em discussão e continua sem força é a inclusão de novas tecnologias para a melhoria das formas de ensino. Como explica a empresária da área da tecnologia, Cristina Boner, “Com a inserção de ferramentas mais avançadas, como computadores, tablets, redes com os dados necessários e até celulares, quando controlados, as interações e contatos com o conhecimento podem ser mais potentes. Por exemplo, o acesso fácil à internet permite que debates possam ser feitos com o máximo de informações, perguntas possam ser respondidas da melhor forma possível, que os alunos consigam realizar mais atividades e tenham mais formas de contato com o mundo externo, contanto que limitado à educação”.
Atualmente, é mais fácil encontrar exemplos como salas inteligentes em algumas faculdades e salas de ensino médio em escolas particulares e algumas federais. Entretanto, pouco é realmente usado, mostrando que há uma falta de preparo por parte dos profissionais ao receber e utilizar ao máximo as facilidades que o avanço tecnológico pode trazer.
Conforme a empresária aponta, “A proibição dos celulares faz sentido no contexto de evitar a falta de atenção das crianças e adolescentes, mas parece trazer à tona a falha das instituições ao tratar desse assunto, por não conseguir explorar esse comportamento para benefício da escola e da educação”.
Nos últimos anos, ferramentas como a Inteligência Artificial têm ajudado a aprimorar as maneiras como os estudantes podem ter acesso a tudo. Para além da maneira física, o futuro educacional aparenta ser ainda mais autônomo, contanto que seja feito da forma correta e evite
riscos de desatenção, como foi a intenção da ação da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Cristina Boner (@cristina.boner) • Instagram