Segundo uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisa Ideia, em parceria com a empresa de pesquisa de mercado especializada em dados competitivos e comportamentais, PiniOn, e a empresa de marketing Cause, a palavra “ansiedade” foi escolhida como a palavra do ano de 2024 pelos brasileiros. No levantamento, 22% dos participantes apontaram “ansiedade” como a principal palavra que definiu o ano.
De olho nesse cenário e comprometidos com a saúde dos colaboradores no ambiente de trabalho, executivos destacam cuidados essenciais para promover o bem-estar de seus times. Confira a seguir:
Ricardo Mattos, CEO da Vetor Editora
Ricardo Mattos, CEO da Vetor Editora, empresa referência em materiais para avaliação psicológica e manutenção da saúde mental nas empresas, parte da Giunti Psychometrics, destaca a importância do investimento em programas de apoio emocional, como rodas de conversa, palestras e treinamentos de liderança para identificar sinais de angústia entre os colaboradores. “Uma das maiores barreiras para a efetividade das ações de saúde mental nas empresas ainda é o estigma. Muitas vezes, colaboradores relutam em buscar ajuda por medo de julgamento ou de repercussões em suas carreiras. Por isso, é preciso normalizar a conversa sobre saúde mental e reforçar que buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas um passo importante para o autocuidado”, destaca.
Raquel Sodré, CEO da Noz Comunidades
Já Raquel Sodré, CEO da Noz Comunidades, destaca a importância da promoção do autoconhecimento nas empresas não só no Janeiro Branco, mas trazendo o tema como como chave para a saúde mental no cotidiano das empresas durante o ano todo. “Saber o que nos faz bem e recuperar nossa energia é essencial. Para mim, exercícios físicos, contato com a natureza e tempo de qualidade com a família são fundamentais para manter o equilíbrio.” No ambiente corporativo, estimular essa prática ajuda os colaboradores a identificarem ferramentas para enfrentar desafios, seja desacelerando ou extravasando, promovendo o bem-estar individual e culturas organizacionais mais produtivas e empáticas.
Cleide Cavalcante, Gerente de Comunicação Corporativa da Progic
“O cuidado integral com a saúde no ambiente de trabalho hoje é diferente de algumas décadas atrás, quando as empresas não tinham uma visão holística do trabalhador. Por meio de estratégias de endomarketing e campanhas internas, é possível criar um ambiente no qual os colaboradores se sintam valorizados e cuidados, o que os torna mais produtivos, engajados e satisfeitos. Além disso, a valorização da saúde no ambiente corporativo pode reduzir a rotatividade de funcionários. Isso ressalta o impacto positivo do cuidado com a saúde, que beneficia não apenas a qualidade de vida dos trabalhadores, mas também os resultados das organizações”, afirma Cleide Cavalcante, Gerente de Comunicação Corporativa da Progic.
Tatiana Pimenta, Fundadora e CEO da Vittude
“A flexibilidade de horários, por exemplo, permite que nossa equipe gerencie melhor o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, subsidiamos integralmente até 4 sessões de terapia por mês para nossos colaboradores e parcialmente para os familiares, garantindo que tenham suporte de qualidade sempre que necessário. Essas sessões são complementadas por ações de psicoeducação sobre temas como gestão de estresse, conduzidos pelo nosso time técnico. E ao longo do ano, também avaliamos constantemente a eficácia das nossas práticas por meio de pesquisas de satisfação e feedbacks diretos, que é o que oferecemos normalmente aos nossos clientes. Queremos que o time também tenha isso dentro de casa”, comenta Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas.
Carine Roos, Fundadora e CEO da Newa
“É importante desenvolver um espaço verdadeiramente inclusivo, que valorize o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, e incentive as pessoas a reservarem tempo para atividades fora do trabalho e para o relaxamento. A liderança deve servir como exemplo, mostrando a importância de descansar e tirar férias. Essas práticas, se bem implementadas na organização, tendem a refletir nos times e a criar ambientes de trabalho mais saudáveis” compartilha Carine Roos, fundadora e CEO da Newa, consultoria de impacto social dedicada a transformar o ambiente corporativo em um espaço mais humanizado, ético e psicologicamente seguro.
Ana Júlia Kiss, fundadora e CEO da Humora
Já Ana Júlia Kiss, fundadora e CEO da Humora, startup que combina produtos à base de cannabis e fitoterápicos para bem-estar, explica como esse processo deve estar presente desde o onboarding. “Todo colaborador que entra na Humora recebe uma consulta com o nosso médico e começa a fazer o uso dos nossos produtos, que são para o bem-estar e para o bom humor. Além desse tratamento, também temos em prática duas ferramentas chamadas Check-In e Check-Out, que são para entender como as pessoas chegam na segunda-feira para o trabalho e como elas saem na sexta-feira para o fim de semana. Às vezes alguém perdeu algum ente querido ou só está mais sensível, e com esse mecanismo podemos oferecer acolhimento”.
Cristina Amorim, CHRO da Adeste
A Adeste, empresa líder em tecnologia para Comunicação Interna no Brasil, empresa especializada na transformação de subprodutos de origem animal em grandes negócios, inaugurou, em 2018, o programa Vida e Prazer de Viver. Com o objetivo de evidenciar a importância dos cuidados com a saúde mental, a iniciativa é voltada para o bem-estar dos colaboradores e da comunidade em geral, promovendo palestras e ativações que incentivem a busca por uma melhor qualidade de vida. Em 2020, durante a pandemia, a fim de estender o programa para o formato virtual, a companhia contou com a parceria com a IMND, instituição de psicólogos que oferece sessões de terapia com desconto para os colaboradores. “Acreditamos que investir na saúde mental e no bem-estar dos nossos colaboradores é essencial não apenas para o fortalecimento de cada indivíduo, mas também para o sucesso sustentável do nosso negócio, promovendo um ambiente mais saudável e produtivo”, destaca Cristina Amorim, CHRO da Adeste.
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GABRIELA BRAZ DE ANDRADE
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