O projeto que regulamenta a Inteligência Artificial no Brasil foi aprovado pelo Senado, que segue agora para a Câmara dos Deputados analisar esse que será um marco regulatório e deverá impactar as indústrias que fazem uso desse recurso. O texto visa trazer definições mais claras sobre a tecnologia. Sob o ponto de vista do consumidor, 50% dos brasileiros acreditam na utilidade da IA para economizar dinheiro, ou seja, para comparar produtos mais baratos, ou onde encontrá-los com menor preço, foi o que revelou uma pesquisa da Infobip, plataforma global de comunicação em nuvem.
Segundo Giovanna Dominiquini, diretora de vendas da Infobip, esse dado evidencia como a Inteligência Artificial já faz parte da rotina das pessoas, que estão até mesmo conseguindo economizar fazendo compras mais inteligentes. “Recursos como a IA são uma grande tendência no mercado e a regulamentação dessas diretrizes precisa favorecer tanto o mercado, quanto a proteção e segurança de todas as pessoas. É papel das empresas também ficarem atentas sobre como devem usar essa ferramenta a seu favor, seja para ajudar na comparação de produtos, explicar diferenças e até mesmo investir em personalização”, explica.
Ao focar nas preferências dos clientes, o setor varejista pode sair na frente criando um banco de dados para direcionar ao cliente a melhor experiência para cada gosto. De acordo com o mesmo estudo, 33% dos brasileiros disseram achar útil o uso da IA para criar listas de produtos personalizadas com seus gostos e necessidades.
Com a tramitação de um marco, Giovanna acredita que ficará muito mais difícil disseminar fake news, além de um processo mais transparente na utilização da tecnologia, o que garante maior proteção ao consumidor e um mercado mais justo para as empresas. No entanto, a especialista alerta para que futuras responsabilizações de uso prejudicial da IA sejam analisadas com cautela. “Deve-se ter pessoas muito envolvidas em tecnologias como a IA e capazes de examinar com profissionalismo a responsabilidade dos envolvidos, de modo a não prejudicar um mercado tão promissor. Os próprios dados da pesquisa mostram o quanto a população já utiliza para algo tão positivo, que é a economia. Isso também ajuda a marcas que possuem preços mais competitivos e, talvez não tão conhecidas, a adentrarem a lista de compras dos brasileiros”, ressalta.
Outros dados da pesquisa revelam como o brasileiro quer utilizar a IA na hora de fazer compras e até mesmo para encontrar produtos utilizando imagens, como é o caso de 41% dos entrevistados que dizem preferir carregar fotos em plataformas que tenham Inteligência Artificial, quando não sabem ou não querem digitar o nome do que buscam. Já 44% falam que a IA ajudaria a explicar diferenças entre um produto e outro, enquanto 34% utilizariam para resumir avaliações desses produtos. Ainda sobre como a população almeja fazer uso da tecnologia, 32% disseram que gostariam de recomendações de novos produtos com base no histórico de compras.
“É importante também que as empresas trabalhem de acordo com os canais favoritos de seus clientes para entender em qual deles deve investir recursos de Inteligência Artificial, tornando a jornada de compra mais fluída e assertiva”, comenta Giovanna. Na Black Friday deste ano, por exemplo, os canais favoritos foram o SMS, e-mail e WhatsApp, registrando mais de 1,6 bilhão de interações durante o dia, de acordo com dados globais da Infobip.
A tendência é que a IA continue em constante evolução no mercado e se transforme em uma assistente de compras potente. Os consumidores estão ficando mais habituados com o uso da tecnologia e a enxergam como uma aliada — que auxilia na procura do produto mais barato e daquele que ela está buscando. “Não só em períodos de maior movimento do comércio, mas para todas as épocas do ano, a Inteligência Artificial deve ser usada a favor das empresas em todas as épocas para aumentar a satisfação do cliente e fazer com que ele permaneça com a marca sempre”, finaliza.
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MARIA LUCIA VIEIRA DE SOUZA
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